PF faz buscas na casa do ex-diretor da CPTM

Missão foi executada a pedido de autoridades suíças, que reativaram investigação sobre a origem do dinheiro (US$ 826 mil) que João Roberto Zaniboni mantinha em Zurique; ele é suspeito de ter participado do cartel de trens e metrô sob governos do PSDB em São Paulo

A Polícia Federal fez nesta terça-feira 2 buscas na casa e no escritório do ex-diretor da CPTM João Roberto Zaniboni, suspeito de ter participado do esquema de cartel e propina de trens e metrôs durante governos do PSDB em São Paulo.

A missão foi executada, de acordo com reportagem do jornalista Fausto Macedo, a pedido de autoridades suíças, que reativaram investigação sobre a origem do dinheiro (US$ 826) que Zaniboni mantinha em contas em Zurique.

A equipe destinada à operação apreendeu em Campinas (SP), onde mora Zaniboni, documentos da época em que ele trabalhou na antiga Ferrovia Paulista S/A (Fepasa) e na CPTM. A Suíça quer saber a fonte das remessas para a conta do investigado.

A ação foi cumprida exclusivamente em colaboração com a Suíça e não tem a ver com o inquérito que investiga o cartel. Nele, o ex-diretor da CPTM é acusado de cometer os crimes de corrupção passiva, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Comissão de procuradores e promotores viaja esta semana para Berna, na Suíça, à caça de números de contas e extratos bancários de brasileiros que supostamente tenham recebido propinas pagas pela multinacional Alstom; em troca do pagamento ilegal a políticos e altos executivos do governo paulista, desde 1998, segundo as suspeitas, a empresa teria vendido trens e construído estações sem a realização de licitações; Tribunal de Contas do Estado de São Paulo julgou que contrato de R$ 9,5 milhões entre a CPTM e a Alstom, para sinalização de estação, "desatende ao interesse público"; tucanos em estado de alerta.

* Matéria publicada no portal: Brasil247