Plano de Carreira: começaram as setoriais nas áreas! Participe!
Conforme decisão da assembleia de 30/11, a categoria reivindica que a empresa interrompa a implantação do plano de carreira e abra negociação com os trabalhadores! Deliberou, também, pela realização de setoriais em todas as áreas e a utilização de um boton para intensificar e dar visibilidade à luta. Durante as setoriais, também será avaliada a possibilidade da futura utilização de coletes e a realização de uma nova assembléia dia 14/12. Participe!
Veja aqui as fotos das setoriais realizadas nas áreas.
Conheça aqui os principais problemas deste Plano
Polivalência profissional
Aumento da exploração e geração de desemprego
O Metrô, assim como muitos patrões mundo afora, vende a ideia de que a Polivalência Profissional é boa para o trabalhador, pois, o mesmo não ficaria limitado a uma única atividade e desenvolveria novas habilidades.
Ela unifica várias funções, como o Metrô está propondo no Plano de Carreira, onde há a redução de 184 para 42 cargos, implicando, também, sobrecarga e queda da qualidade do serviço.
O trabalhador vira um “faz tudo”, sem identidade profissional. Trabalha mais para a empresa sem receber por isso (em qualquer lugar do mundo isso se chama roubo).
Fim da identidade profissional
O Plano desqualifica as profissões com a generalização, rompe com o contrato de trabalho assinado e contradiz vários editais de concursos realizados, como: Eletricista, Mecânico, Soldadores, Operador de Trem, Operador de Estação, Supervisores, Pintores, Engenheiros, Secretárias, etc.
Há funções que não aparecem no Plano: Operador de Central de Informação e Manutenção; Ajudante de Almoxarifado; Usinador Ferramenteiro; Técnico de Suprimento e Logística; Auxiliar de Manobra, Controlador de Serviço de Tráfego, Auxiliar de Topografia.
Gratificação de função
O Plano acaba com a promoção para cargo de chefia, criando a Gratificação de Função (GF), que pode ser tirada a qualquer momento, ao sabor da gerência e diretoria. Para não perder o direito à gratificação, o chefe será estimulado a pressionar e assediar o trabalhador.
Progressão salarial
A progressão salarial fica limitada a 5% (step) nos últimos 12 meses, se o chefe aprovar, demorando muito tempo para movimentação do piso ao topo de cada função.
O Metrô limitou a 1% da folha de pagamento ao ano para movimentações. Isso significa que, mesmo cumprindo todas as regras subjetivas, o metroviário pode simplesmente não ter o aumento, por conta desta limitação.
Movimentação subjetiva
Movimentação salarial e de cargo é feita por avaliação de desempenho (SKILLO), onde a opinião do chefe é a que prevalece. Não há critérios objetivos, como tempo de serviço e prova de conhecimento.
Não há concurso interno para todas as áreas e entre áreas.
Manutenção
– Generalização e polivalência, descaracterizando especialidades e sugerindo acúmulo de funções.
– Estagnação dos Ajudantes de Manutenção Civil e Ajudante de Almoxarife, excluídos da descrição do plano.
– Descaracterização da função dos pintores, dificultando acesso à aposentadoria especial.
– A discriminação dos ajudantes do CCV e VP’s é antiga. Muitas vezes executam o serviço com a mesma qualidade dos oficiais, mesmo não tendo a obrigação de realizá-los, mas o Metrô não os reconhece! Tá na hora de dar um basta e fazer cumprir o direito do peão! Por ascensão profissional e respeito ao trabalhador!
– Outro caso nos VPs é a diferença entre os mecânicos, quando os que mexem nos automóveis ganham mais do que o dos VPs. Ora, se ambos são mecânicos, os salários devem ser iguais!
– Alteração de cargo aos Soldadores, dificultando obtenção de aposentadoria especial.
Carreira Administrativa
– Extingue cargos reconhecidos no mercado de trabalho: impõe uma função genérica, adotando o conceito de polivalência, quando funcionários especializados ficam passíveis de ser transferidos para tapar buracos em outras áreas, facilitando a pressão e o assédio a quem não se enquadrar como “colaborador/a”. Exemplo da contradição são secretárias concursadas com formação superior, e até pós-graduação, que viram “técnicas administrativas”.
– Permanece o problema das diferenças salariais para aqueles que executam a mesma atividade.
– Desqualificação profissional e acúmulo de responsabilidades em áreas específicas, como no caso dos engenheiros – a empresa não está levando em consideração as atribuições por cargos registrados no CREA.
Operação/Segurança
Restrição e estagnação: consequência da proporção de agentes para vagas de Agente de Segurança II, o que acentua a subjetividade no critério de escolha e a extinção da nomenclatura de Supervisor, dificultando eventual recolocação deste profissional no mercado de trabalho.
Permanecem as diferenças salariais para a mesma atividade.
Não está garantida a realocação de funcionários com restrição médica definitiva, como o caso do PX, não garantindo transferência para outras áreas, como historicamente ocorre.
Estação e Tráfego
Excessivo tempo para evolução salarial, por conta do limitador de reajuste de 5% ao ano, dependendo ainda de avaliação, vagas e/ou recursos destinados para a área (1% da folha).
Não abrange o Auxiliar de Manobra, extinguindo a função do Plano.
Descaracterização da função de SLO e gratificação de função para SGs.
Técnicos
– “Profissionalizante” é uma denominação imprópria, pois o curso é profissionalizante, mas o técnico já é profissional.
– Técnico de sistema metroviário: não existe no código brasileiro de ocupações (CBO) e não tem CREA. Ou seja, é inexistente no mercado.
– Desqualificação profissional (desvio de função): a formação técnica é muito específica para cada campo do conhecimento.
– Polivalência que obriga o funcionário a desempenhar atividades fora de sua especialidade.