Qual é a consequência do novo Plano de Carreira?
Mesmo depois de duas horas de Live, a empresa só deixou dúvidas, receios e preocupações para a categoria. E também deixou a certeza de que o ASSÉDIO será o principal instrumento para tentar fazer a categoria aderir ao novo Plano de Carreira
Nitidamente o novo Plano de Carreira significa uma grande mudança na empresa e nos parece muito preocupante: é a preparação do Metrô à privatização. Junto a isso vem um discurso de que uma parte dos metroviários pode “se salvar” da privatização. Essa garantia não existe e esse argumento será amplamente utilizado para pressionar os trabalhadores. Trata-se de um mecanismo de gestão cruel, que mexe com a vida de trabalho e a saúde mental de milhares metroviárias e metroviários.
Antes de pressionar e assediar os metroviários para aderir ao novo Plano, o Metrô deveria ouvir os anseios da categoria e de sua representação sindical, que debate proposta de Plano de Carreira construída com os trabalhadores há décadas. O Sindicato enviou carta à empresa na busca de marcar reunião para que seja estabelecido um diálogo.
Frente a essa proposta da empresa, o Sindicato orienta a categoria a não aderir ao novo Plano de Carreira, pois essa luta tem que ser coletiva, para que a categoria tenha força para mobilizar e negociar. Sendo assim, vamos concentrar nossa força na negociação durante a Campanha Salarial em maio, uma vez que a adesão vai até setembro.
A diretoria do Sindicato segue analisando o novo Plano, inclusive do ponto de vista jurídico. Já é possível constatar que a subjetividade terá um papel maior nas promoções, estabelecendo nota 8,5 nas duas últimas avaliações para participar do processo, os steps são reduzidos a 3,38% e mantém o parâmetro de 1% da folha “se tiver o dinheiro”, além do acúmulo de função, fim do OPE, nada para Oficiais de Manutenção e sem critério objetivo para mudanças de família.