Sindicato denuncia irregularidades na privatização da L-15
Em entrevista coletiva concedida na tarde de 7/3 (quinta-feira), diretores do Sindicato denunciaram várias irregularidades no processo de privatização da Linha 15-Prata do monotrilho e anunciaram uma Ação Popular com o objetivo de impedir a entrega da linha. O leilão de privatização está marcado para 11/3 (segunda-feira), na Bolsa de Valores de São Paulo.
Os diretores explicaram aos jornalistas que há direcionamento para a vitória de consórcio pertencente à CCR. “Esse processo licitatório afronta o interesse público. É isso o que a gente está denunciando no nosso processo, porque ele viola uma série de elementos, como o interesse público, causa lesão econômica ao patrimônio público, contém ilegalidades e a violação da moralidade administrativa e compromete o caráter competitivo da concorrência, porque ele é um processo viciado e contém uma série de ilegalidades”, afirmou Wagner Fajardo, um dos coordenadores do Sindicato.
Ao estipular na licitação experiência de no mínimo doze meses e com demanda superior a 200 mil passageiros por dia em monotrilhos ou VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos), essa exigência favorece empresas como a CCR, argumentaram os metroviários.
Também foi informado aos jornalistas que o Sindicato vai pedir ao Ministério Público que apure as condições de segurança na L-15. Além do CBTC, o sistema de controle dos trens, existem outros aspectos que provocaram falhas no sistema. Foi apontada a possibilidade de novos acidentes ocorrerem, como a colisão entre dois trens em 29/1.
“Existe um problema central que é o CBTC, mas além dele tem vários que criam o meio ambiente que gerou o acidente e que vai gerar outros e com potencial muito dramático, se seguir como está”, declarou Sérgio Carioca, diretor do Sindicato.
Várias outras irregularidades no processo de entrega da L-15 foi denunciadas pelo Sindicato durante a coletiva. O Sindicato segue sua luta contra a entrega do patrimônio público.
Não à privatização da L-15!
Privatização mata!