Sindicato repudia detenção arbitrária em manifestação

Altino, presidente do Sindicato dos Metroviários de São PauloO presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Júnior, foi detido de forma irregular pela Polícia Militar na noite de 6 de junho (quinta-feira). Altino participava de uma manifestação contra o aumento das tarifas do metrô, trem e ônibus, na avenida Paulista. Em nenhum momento ele cometeu ou incentivou qualquer ato de vandalismo.


O Sindicato dos Metroviários de São Paulo repudia o aumento das tarifas e a ação da Polícia Militar na detenção de um dirigente sindical.

Leia o depoimento de Altino sobre os acontecimentos da noite de quinta-feira:

     

    “Fui detido na 78ª Delegacia Policial por ter participado de uma manifestação extremamente justa contra o aumento das passagens do ônibus, metrô e trem em São Paulo.
     

    A PM, de forma truculenta, jogou covardemente bombas da gás lacrimogênio e balas de borracha nos garotos no final da manifestação na Praça Oswaldo Cruz. As pessoas correram pra todos os lados. Eu fiquei em frente a um shopping. Muitos entraram. Eu fiquei do lado de fora e em momento algum entrei lá nem participei de qualquer ato de vandalismo. Ao contrário, acho que uma manifestação não pode cair na provocação policial ou do governo.

    Fui detido porque depois que estava relativamente calma a situação fui perguntar a um comandante da PM se as pessoas podiam sair do shopping com segurança.

    Haviam clientes e manifestantes dentro do shopping querendo sair e estavam barrados pela PM. Identifiquei-me como presidente do Sindicato dos Metroviários e aí fui detido de forma ridícula e arbitrária.
     

    Não fiz literalmente nada pra estar preso a não ser ter participado de uma manifestação contra o aumento das passagens.
     

    Não cometi vandalismo, apenas lutei contra o aumento do prefeito Haddad do PT e do governador Alckmin do PSDB. Eles é que devem explicações.
     

    Falo também pra todos e todas metroviário(a)s. Fizemos uma belíssima campanha salarial e uma das nossas bandeiras ê contra o aumento das passagens. E também somos contra depredação do patrimônio público. Ele é nosso, da população. Temos que zelar por eles e tirar as mãos dos ratos que de fato destroem o patrimônio público com corrupção, privatização, terceirização”