TCE interrompe privatização das bilheterias
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinou a suspensão da concorrência que definirá a empresa que será responsável pela gerência de todo o sistema de arrecadação do Metrô, CPTM e SPTrans. Com isso, o Sindicato cancelou o ato público marcado para o dia 5/1, quando aconteceria a abertura dos envelopes da licitação.
Os metroviários e trabalhadores da CPTM e SPTrans têm mais tempo para intensificar a organização e buscar o impedimento da privatização das bilheterias do metrô, ferrovias e ônibus. Isso porque duas empresas que participavam da licitação acionaram o Tribunal de Contas do Estado (TCE), alegando irregularidades na concorrência. O Tribunal acatou a solicitação de esclarecimentos e interrompeu o processo.
Não há datas para a continuidade da licitação. Somente sabe-se que o recesso do TCE termina no dia 11/1, e que a primeira sessão do ano é programada para fevereiro.
Contudo, permanece inviabilizado o projeto do Metrô e governo Serra de entregar mais um serviço público para a iniciativa privada, colocando em xeque a qualidade da prestação de serviços à população e a manutenção de postos de trabalho nas empresas envolvidas.
Como citou o presidente do Sindicato e da CTB nacional, Wagner Gomes, há concordância com a integração das modalidades de transporte, que vai trazer muitos benefícios para a população, mas “o Estado tem gente competente, sim, para gerir todo o processo e reverter este lucro para o próprio Estado”.
Para ele, que sintetiza a opinião do Fórum em Defesa dos Transportes Públicos e Contra as Privatizações, não precisam os governos estadual e municipal investir bilhões em blindagem das bilheterias e modernização de sistemas e equipamentos, para depois entregar tudo para a iniciativa privada.
Desta forma, o Estado está privatizando o lucro dos investimentos que fez, e por isso o Fórum continuará acompanhando este trâmite e programa novas ações para conscientizar a população e pressionar as autoridades a cancelar este projeto.