Terceirização: lucro para as empresas e prejuízo para os trabalhadores
Quando uma empresa contrata serviços terceirizados, além da divisão de setores, ocorre também a divisão entre trabalhadoras (es). Isso enfraquece as lutas. Os terceirizados recebem salários baixos, tem menos direitos, jornadas semanais maiores e as empresas terceirizadas não se responsabilizam com estruturas básicas de instalações para os trabalhadores e nem pela qualidade dos serviços prestados.
A terceirização também divide por genêro e raça. Os trabalhos mais precarizados são ocupados por mulheres e negros, que recebem menos. Isso é uma demonstração do machismo e do racismo. Colocam aos trabalhadores um modelo de escravização moderna e mercantilizam mais ainda as relações de trabalho.
No Metrô de São Paulo, o trabalho menos valorizado é o que mais emprega mulheres, negras/os, trabalhando nos serviços terceirizados da limpeza. Seus rendimentos e benefícios mal dão para a própria sobrevivência, muito menos para o sustento da família, e a maioria das mulheres são chefes da família. Chegam a trabalhar doentes pra não terem descontos no ínfimo salário, como foi o caso da funcionária da Higilimp na linha 1, Regina da Silva Paz, 35 anos, que faleceu em serviço em uma sala de materiais da estação Santa Cruz, no dia 05 de janeiro deste ano. Deixou 2 filhas menores órfãs, praticamente desamparadas. Sabe -se que até hoje nenhuma das empresas, nem Higilimp e nem Metrô, sequer esclareceram o caso.
Basta de terceirização! Direitos iguais para todos!
No Brasil, os governantes tentarão ainda este ano regulamentar projeto de lei 4330, dando poderes às terceirizadas para assumirem as atividades fins de uma empresa principal. Isto significará um retrocesso das atuais conquistas dos trabalhadores. A luta contra a exploração via terceirização é uma batalha política contra o capitalismo, e esta luta é de toda a classe trabalhadora. É preciso a união e a organização de todos os trabalhadores (as).