Teses do coletivo Movimento Luta de Classes (MLC)

  • Conjuntura

POVO NA RUA FORA BOLSONARO

Desde que Bolsonaro foi eleito, seu objetivo é impor uma ditadura e aumentar a exploração dos trabalhadores, o controle da burguesia e do imperialismo sobre o nosso país. Esse processo teve início com o impeachment de Dilma, levando o corrupto e golpista Temer ao poder. Em 2018, o golpe se aprofundou nas eleições após um processo manipulado pelo judiciário e pela grande mídia. Assim, vivemos sob um governo resultado de um golpe. A burguesia, sempre que seu domínio está em risco, não vacila em lançar medidas e impõe seu controle sobre o Estado.

Bolsonaro, portanto, entrega tudo ao capital financeiro e é responsável por uma profunda crise: mais de 600 mil mortos por COVID-19; 29,5% dos domicílios não têm renda proveniente do trabalho; o auxílio emergencial foi reduzido e retirado; a inflação corrói o orçamento das famílias brasileiras; os desempregados e os que desistem de procurar emprego são mais de 20 milhões; as escolas, universidades e postos de saúde correm risco de fechar; o preço da gasolina, da energia elétrica, dos alimentos e do botijão de gás não para de subir.

Com o apoio do governo, os grandes empresários achataram o salário do povo, demitiram e precarizaram o trabalho. Além disso, a Reforma Administrativa tem como objetivo entregar a administração pública à iniciativa privada, flexibilizando a estabilidade dos servidores e enxugando gastos sociais.

Em São Paulo, João Doria é mais do mesmo. Ele foi o responsável pela entrega das Linhas 8 e 9 da CPTM à iniciativa privada. Foi também o responsável por levar, à Assembleia Legislativa, o PL 529/2020, na tentativa de realizar mais um ataque. O PL incluía a retirada de mais de R$1 bilhão das universidades e da Fundação de Amparo à Pesquisa. Sua proposta era “enxugar a máquina do Estado”, acabando com fundações ligadas ao SUS, como a Fundação para o Remédio Popular. Assim sendo, é necessário colocar Bolsonaro e Doria no mesmo lugar.

Hoje o governo perde apoio popular com o aprofundamento da crise. São principalmente as grandes manifestações de rua que fizeram com que Bolsonaro caísse nas pesquisas. Apesar disso, setores ligados à social-democracia pediram que o povo não saísse às ruas, indicando que, para eles, a disputa contra Bolsonaro deve ser apenas eleitoral. Consideramos tal posição um erro, pois se as lutas tivessem sido impulsionadas coletivamente por amplos setores populares, a correlação de forças seria alterada.

Se seguirmos o caminho do pagamento dos títulos da dívida pública, entregando empresas e recursos estratégicos a preço de banana e cortando salários, chegaremos ao colapso. É necessário derrubar Bolsonaro e seu governo de generais, banqueiros e mafiosos. Esperar mais é condenar o povo a seguir se alimentando de osso, morando nas ruas e padecendo de fome, COVID e desemprego.

Diante ao exposto, o sindicato deve construir a articulação POVO NA RUA que é a articulação mais combativa e disposta a derrubar Bolsonaro antes das eleições.

Assinam esta tese:
Deusa, Carlos Correia, Diego Brianezi, Clayton, Felipe Guaré, Thiago Honorato, Geraldo Barbosa, Renato Mello, Marcos Gugoni, Ricardo Senese, Gustavo Matos e Maurício Meira

 

  • Lutas da Categoria

Proposta de pauta com prazo para o Metrô cumprir até 31 de Janeiro: Step, PR Igualitária e Manutenção da sede. Caso não cumpram é greve em 01 de Fevereiro.

João Dória continuou os ataques de Geraldo Alckmin e têm sido extremamente radical contra a categoria. Vamos relembrar alguns de seus ataques:

– Demissão do companheiro Joaquim José (JAT)
– Implantou a 4x1x4x3 noturna sem acordo com o sindicato
– Atacou a periculosidade na manutenção e CCO
– Precarização causou choque de trens no monotrilho
– Leiloou a Linha 5
– Demissão do companheiro Valtinho (PIT)
– Demissões imotivadas de dezenas contratados antes de 1988
– Fim da escala base para uma parte da categoria
– Constituição de escala fixa noturna. Ruim para saúde no longo prazo.
– Fim do Vale Peru
– Redução dramática de funcionários nas estações
– Terceirização completa das bilheterias e cortes salariais para OTM I
– Terceirização de setores da manutenção
– Mudança compulsória da manutenção noturna para diurna
– Desvio de função dos ASM para assumirem linha de bloqueios
– Pagamento de metade da PR 2019
– Atacou a vida da categoria e não implementou plano de emergência em toda pandemia
– Algumas medidas de prevenção à Covid19 são implementadas com atraso e após muita luta do sindicato
– Luto. Morremos tanto dna linha frente quanto afastados por comorbidade
– Demissão de companheiros com aposentadoria especial
– Redução da CIPA diminuindo a prevenção de acidentes
– Instrumento normativo ilegal reduz direitos folgas
– Fim da equiparação e negativa de steps
– Leilou da sede do sindicato
– Vendeu o nome das estações
– Atrasou o plano de vacinação da categoria expondo a mais mortes metroviárias.
– Vice governador diz uma coisa e faz outra. Ataca a sede novamente.

De fato, nos atacam em qualquer mês e até mesmo no período de festas, servem aos interesses dos cartéis internacionais e, de quebra, ganham milhões em contratos de privatização, terceirização e em cargos comissionados.

Mesmo diante a dura conjuntura em que vivemos, a categoria obteve vitórias como, por exemplo, a manutenção do acordo coletivo, vacinação antecipada e seguimos como forte oposição política ao tucanato que chegará aos 30 anos.

Em nossa visão os mais atacados são os mais novos de Metrô, pois, cumprem alta exigência e trabalham igual, entretanto, recebem menos com diferenças salariais que passam de R$ 2000,00.
Neste sentido, nós do Movimento Luta Classes – MLC, diante à radicalidade do governo e suas humilhações permanentes, vemos que é necessário passarmos a ofensiva com uma pauta de exigências mínimas, pois, são vitais, imprescindíveis e inadiáveis e devem conter: a manutenção da sede, PR igualitária e o pagamento de step. Como negociação na prática não existe e o que fazem é mentir de forma pública e notória, devemos informar o Metrô através de carta que eles têm até 31 de Janeiro para cumprir nossas exigências mínimas. Caso não cumpram é greve em 01 de fevereiro!

Assinam esta tese: Deusa, Carlos Correia, Diego Brianezi, Clayton, Felipe Guaré, Thiago Honorato, Geraldo Barbosa, Renato Mello, Marcos Gugoni, Ricardo Senese, Gustavo Matos e Maurício Meira

 

  • Organização

Proposta de formação de comissão da categoria para organizar a campanha permanente por equiparação

Equiparação salarial é urgente e prioritária.

A política salarial adotada pelo Metrô, que impõe pagamento diferenciado a trabalhadores e trabalhadoras que ocupam o mesmo cargo e exercem as mesmas funções, está pautada na exploração do trabalho, na desvalorização do serviço público de qualidade e no projeto de privatização dos governos tucanos.

Estabelecendo “piso” e “teto” salarial e condicionando a progressão dos salários [conhecida por “steps”] ao cumprimento de metas arbitrárias e subjetivas – como a obtenção de nota na avaliação de desempenho -, o Metrô mantém parte significativa da categoria em constante insatisfação e revolta, recebendo menos, e se desgastando física e mentalmente, isso tudo levando em consideração a diminuição do quadro de funcionários e, consequentemente, o aumento das demandas operativas ou de manutenção.

Tais desgastes são profundamente sentidos pelos OTM I do concurso de 2016, submetidos, desde sua admissão, a uma brutal diferenciação em relação aos demais funcionários, posto que foram impedidos de assumir plenamente a sua função e que não recebem “steps” desde 2018.

Devido as enormes discrepâncias nos salários [que chegam a ultrapassar os R$ 2000 mensais, dependendo do cargo], o Metrô acumula verdadeiras fortunas, que são utilizadas para atender os interesses do governo, que aparelha a empresa com centenas de altos cargos comissionados, ocupados por afilhados políticos; e da iniciativa privada, que recebe volumosos contratos para prestar serviços que deveriam ser realizados pela empresa pública, avançando os processos de terceirização e privatização às custas do trabalho e sacrifício dos trabalhadores e trabalhadoras metroviários.

É preciso encarar o processo de valorização da categoria metroviária não somente como uma reparação aos prejuízos financeiros, mas também como um enfrentamento às políticas de carestia, de desmonte da empresa pública e da privatização.

Portanto, o Movimento Luta de Classes – MLC defende que a pauta da EQUIPARAÇÃO SALARIAL deve se tornar a prioridade de luta da categoria para o próximo período, por isso, propomos ao congresso que aprovemos a formação de uma comissão de campanha permanente por equiparação salarial.

Está comissão deve trabalhar em conjunto com a diretoria do sindicato e sua implementação, composição e quantidade de membros ser aprovada em assembleia a ser realizada até fevereiro.

Assinam: Deusa, Carlos Correia, Diego Brianezi, Clayton, Felipe Guaré, Thiago Honorato, Geraldo Barbosa, Renato Mello, Marcos Gugoni, Ricardo Senese, Gustavo Matos e Maurício Meira.

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