Três reuniões e muita enrolação
Nas três rodadas de negociação realizadas com representantes da empresa (4, 8 e 10 de maio), sobrou conversa e faltou respeito aos metroviários. Ou o Metrô tem simplesmente rejeitado as reivindicações dos trabalhadores ou diz que vai “estudar” o assunto, na maioria das vezes sem estabelecer um prazo.
Um exemplo dessa verdadeira enrolação é que a empresa pediu um prazo de 90 dias após a assinatura do Acordo Coletivo para apresentar um estudo
para “verifi car a possibilidade” de um pagamento de adicional aos trabalhadores que acumulam sua função com a de instrutor. Em outras palavras, nada de concreto, apenas a apresentação de um “estudo”.
Com relação às ações afirmativas (políticas para combater o preconceito e os assédios moral e sexual), a empresa afi rmou que enviará uma carta até 30 de agosto, com uma “política de viabilização” para uma campanha de orientação contra o assédio sexual.
Um dos itens mais importantes da pauta de reivindicações para os metroviários, a de um plano de saúde acessível para os aposentados, também não está sendo tratado de forma séria pela empresa. Na reunião do dia 10, a empresa afi rmou que irá se pronunciar sobre o Metrus.
Mas, além de propor “estudos” e “diagnósticos” sobre várias reivindicações, a empresa também já descartou vários itens da pauta apresentada pelo Sindicato. Foram rejeitados pelo Metrô os pedidos de participação do Sindicato na integração dos funcionários e também no acompanhamento de dependentes químicos.
As reivindicações salariais serão discutidas na negociação do dia 16. A julgar pelas primeiras rodadas de negociação, o Metrô já mostrou que não está interessado em avançar nas negociações. Vamos precisar de muita união e organização.