Wagner Gomes: Retrospectiva e perspectivas

Presidente Lula recebe representantes das centrais sindicais, entre eles, Wagner GomesO Plataforma encerrou o seu ciclo de publicações do ano passado com uma entrevista com o presidente do Sindicato e da CTB nacional, Wagner Gomes. Ele fala sobre as lutas dos metroviários durante 2009; sobre a importância da inserção e atuação da categoria nas lutas mais gerais, como pela redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas, valorização do emprego, fim do fator previdenciário, reajuste do salário mínimo e das aposentadorias.

Com relação ao próximo ano, Wagner Gomes demonstra-se otimista, mas sempre ressaltando que as vitórias e conquistas serão sempre fruto da organização e mobilização dos metroviários e cidadãos. Para ele, o futuro da classe trabalhadora a partir de 2010 dependerá fundamentalmente destes fatores, já que acontecerão eleições presidenciais, para o governo estadual, parte do Senado e deputados estaduais e federais.

No Metrô, os principais desafi os serão a implantação do Plano de Carreira, campanha pela PR, manutenção e ampliação do acordo coletivo, o combate à privatização das bilheterias e a luta pela expansão da malha metroviária de forma condizente com as necessidades da população.

Wagner Gomes também fala sobre a importância de todos os metroviários manterem-se sindicalizados para fortalecer a luta da categoria e cita a eleição do Sindicato, que acontecerá no segundo semestre de 2010.

Confira a entrevista:

 

Neste ano a campanha salarial durou praticamente um mês e o acordo coletivo foi renovado e ampliado com conquistas significativas. Uma das pendências deste processo é a implantação do Plano de Carreira, que até agora não saiu. Quais são perspectivas para o alcance desta conquista?
Estamos em processo de mobilização e pressão para que o Metrô atenda essa reivindicação. A informação que se tem é que o Plano está sendo avaliado pelo Codec, e o Sindicato está buscando agendar uma reunião com a responsável pelo encaminhamento do Plano. A possibilidade de os metroviários terem crescimento profi ssional é uma das principais lutas do Sindicato, e iremos às últimas consequências para conquistá-la. Temos pressa para implantar o plano e por isso continuaremos pressionando. Contamos com a participação de toda a categoria nesta campanha, que continuará intensa no próximo ano.

 

De forma mais generalizada, como você vê a luta do Sindicato pelos direitos dos metroviários neste ano?
De forma positiva, muito positiva. Vínhamos de um período de baixas, quando a empresa e o governo estadual apunhalaram a categoria com a demissão de mais de 60 companheiros. Foi um tempo de duro enfrentamento e tentativa de enfraquecimento e desmobilização dos metroviários por parte da Cia. Acho que, justamente por isso, terminamos 2009 com um saldo positivo no balanço de vitórias e conquistas. Não arredamos pé, continuamos pressionando em busca de nossos objetivos e tivemos avanços.

 

E para o próximo ano?
Com mais força ainda! Seguimos em frente mais fortalecidos se compararmos a condição da nossa luta no fi nal do ano passado com os dias atuais. O Plano de Carreira e a luta contra a privatização das bilheterias já são prioridade na pauta de 2010, e ainda teremos as tarefas de uma nova campanha salarial; de fechar o acordo da PR; e de começar as negociações com a concessionária da Linha 4, que é o Consórcio Via Amarela. Fora isso, teremos eleições determinantes, quando deveremos escolher um novo presidente, governador, senadores e deputados federais. Na categoria também haverá um pleito, e os metroviários terão a grande responsabilidade de escolher o rumo deste Sindicato. O futuro dos trabalhadores, e dos metroviários, depende muito do resultado destas eleições, e por isso aposto e estou confiante na continuidade dos projetos que estão em curso.

 

Qual é a avaliação da atuação do Sindicato enquanto entidade filiada à CTB?

Avalio que a criação da CTB e a decisão de fi liar o Sindicato a ela foram muito positivas. A CTB cumpre papel político decisivo em prol da melhoria das condições de vida dos trabalhadores. Por isso, durante o auge da crise não aceitou as demissões e a redução de salário propostas por alguns setores da economia. Avalio que, por estes motivos, hoje, a CTB é a terceira maior central em número de trabalhadores organizados e a quarta em número de sindicatos fi liados. São cerca de 400 entidades filiadas e 600 em processo de fi liação. A Contag, por exemplo, é a maior confederação de trabalhadores rurais, e é fi liada à CTB. Neste contexto, o Sindicato também aparece em destaque no cenário político-sindical, e fortalece sua atuação na luta dos trabalhadores, participando de atividades como, por exemplo, pela valorização e garantia de emprego; digno reajuste das aposentadorias; pelo fim do fator previdenciário e redução da jornada de trabalho sem diminuição dos salários. Os metroviários estão de parabéns!

 

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